Nicolás Maduro assume segundo mandato na quinta (10)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assumirá na quinta-feira (10) um segundo mandato de seis anos sob uma sombra de ilegitimidade que pode implicar mais isolamento internacional e uma crise econômica ainda pior.

Maduro, de 56 anos, vai prestar juramento ante o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) – e não diante o Congresso, único poder não governista. Ele foi reeleito em 20 de maio em eleições boicotadas pela oposição, que denunciou a ocorrência de fraude.

Além disso, o pleito não foi reconhecido pelos Estados Unidos, Canadá, União Europeia e 12 países latino-americanos.

Com exceção do México e apoiado pelos Estados Unidos, o Grupo de Lima, integrado por 14 países americanos, pediu na semana passada que o presidente socialista não tome posse. Para Caracas, tratou-se de incitação a um golpe de Estado.

“Não acho que haja um colapso maciço das relações, mas uma degradação significativa do nível desses laços”, afirmou o analista político Mariano de Alba, concordando com Peter Hakim, do Inter-American Dialogue, que espera mais “discursos”, e não ações de “impacto sério”.

Mesmo assim, os especialistas preveem uma pressão internacional maior, em função da qual Caracas resolveu se aproximar de seus aliados: Rússia, China, Irã, Turquia e Coreia do Norte.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) fará uma sessão extraordinária na Venezuela para analisar a situação.

“Quem não reconhecer a legitimidade das instituições venezuelanas dará a elas sua resposta recíproca e oportuna. Vamos agir com grande firmeza”, afirmou Maduro, cujo mandato será reconhecido na quinta-feira pelas Forças Armadas e, na sexta-feira, pela Assembleia Constituinte. Isto É

 

 

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