O vereador Carlão (DC) repudiou a descriminalização do uso de drogas, ao ocupar a tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), durante a sessão ordinária desta quinta-feira (26). Durante seu pronunciamento, o parlamentar reafirmou a necessidade de investimentos em ações do Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas (Comad).
O parlamentar fez questionamentos às posturas permissivas com o uso de drogas, observando que isso pode ser um incentivo ao vício e ao suicídio. “Uma pesquisa da Universidade de Lisboa apontou que o uso de um cigarro de maconha por jovens aumenta em três vezes a chance de passar por depressão. Quem usa droga e passa por depressão tem possibilidades maiores de ter ideação suicida. Será que a permissividade com o uso de drogas não estaria contribuindo para isso? É preciso educar crianças e adolescentes para que desenvolvam habilidades de resistência à pressão daqueles que utilizam drogas e têm benefícios com elas”, defendeu Carlão.
Na ocasião, o vereador considerou como vitória para o Comad – no qual tem uma cadeira enquanto representante da CMJP –, a recondução de Luís Pereira à presidência da entidade. “Além disso, houve a transferência do órgão do Gabinete do Prefeito para a Secretaria de Desenvolvimento Social. Isso vai potencializar o trabalho da entidade. Precisamos reconhecer a importância que órgão deliberativo tem na sociedade e investir em ações que reforcem o trabalho do Comad”, sugeriu o vereador.
Carlão ainda citou o desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), Siro Darlan, alvo de investigação que apura a venda de liminares, segundo o vereador, a traficantes e latrocidas. “Siro Darlan defende a liberação do uso de drogas pelo Estado, na defesa de que, a partir disso, haveria arrecadação com impostos, ‘quebrando’ o narcotráfico. Fiquei surpreso e até duvidei da fala atribuída ao magistrado, na qual ele defendeu que maconha deveria ser vendida em farmácias. Como pode um desembargador apoiar isso? Ele é o mesmo que recebeu autuação da Polícia Federal por vender sentenças para soltar traficantes e latrocidas”, apontou Carlão, fazendo referência à ‘Operação Plantão’, deflagrada nesta terça-feira (24), no Rio de Janeiro (RJ).
