Um homem acusado de matar a mulher a facadas na Bahia e arremessar o filho de dois meses em um vaso sanitário foi preso tentando tirar nova identidade no Vapt-Vupt do Antônio Bezerra, em Fortaleza. Ricardo Oliveira dos Santos, e 28 anos, condenado pela Justiça da Bahia, levantou suspeita ao declarar que nunca tinha tirado o documento.
O trabalho de identificação e apreensão dele foi realizado pela Coordenadoria de Identificação, Perícia Forense do Ceará e Polícia Civil.
Ricardo se dirigiu ao posto de atendimento do bairro Antônio Bezerra para solicitar a primeira via de uma carteira de identidade, apresentando uma certidão de nascimento e alegando não ter mais nenhum documento.
O pedido fez com que funcionários seguissem a determinação nessas situações. Nesses casos, as informações do indivíduo são encaminhadas à Polícia Civil para que uma investigação seja realizada.
“Através de consultas aos sistemas de informações policiais tanto de base estadual como nacional, constatamos que ele faltou com a verdade quando disse que não tinha nenhum documento, uma vez que localizamos no sistema outros documentos: CPF, título, RG emitido pelo estado da Bahia, Carteira de Trabalho e outras informações do tipo. Diante dessa primeira afirmação falsa, o trabalho continuou e chegou-se a informação que ele tinha ficha criminal na Bahia, todavia não dizia de que natureza era”, disse Felipe Moura, auxiliar de perícia.
A Polícia cearense noticiou o Tribunal de Justiça e a Polícia Civil da Bahia e obteve a informação de que Ricardo tinha um mandado de prisão em aberto por homicídio, hoje tipificado como feminicídio, por ter matado a esposa Andreia Barbosa dos Santos, em novembro de 2015, na cidade de Jequié. Ele esfaqueou a companheira e ainda tentou degolá-la. Depois, arremessou o filho de dois meses no vaso sanitário. A motivação teria sido ciúme.
Os dados de identificação também foram solicitados à polícia baiana e as digitais do foragido foram confirmadas. Ricardo recebeu voz de prisão dos inspetores no próprio Vapt-Vupt e encaminhado à delegacia.
Depois de condenado na Bahia, ele conseguiu liberdade provisória, passou por outras cidades até chegar ao Ceará. Ele morava no Eusébio, numa casa de recuperação para dependentes químicos. De acordo com os agentes de segurança, o homem disse que não tinha conhecimento do mandado de prisão preventiva na Bahia. Por: MCeara