Senadora paraibana sobre a Cruz Vermelha: “Avisei muitas vezes que não daria certo”

Pouco mais de um mês como senadora empossada, Daniella Ribeiro (Progressistas) já assumiu o papel de líder do partido no Senado, além de garantir assentos em comissões como a CCJ, a de Assuntos Econômicos, a de Ciência, Tecnologia e Comunicação, entre outras.

Em entrevista à Rádio Campina FM, a senadora disse que tem projetos em prol da mulher e espera que alguns dos que estão arquivados a respeito dessa temática sejam votados. Um dos projetos da senadora está relacionado à reeducação de homens que praticam violência doméstica.

Com relação à pauta nacional, Daniella disse que vota a favor da reforma da Previdência, mas que vai defender o trabalhador.

– Onde eu tenho passado, eu tenho tranquilizado os cidadãos paraibanos de que nossa responsabilidade é muito grande. As pessoas temem, por ver críticas de que a reforma da Previdência é péssima, mas sabemos que é fundamental, senão vai quebrar e aí vai ser para todos, como ocorreu na Grécia. Mas temos que defender os trabalhadores e as pessoas que recebem muito menos e pagam mais. A proteção neste sentido é algo que eu tenho comigo e ver a questão do trabalhador rural. Tem muita coisa para gente trabalhar e a certeza que minha responsabilidade é grande, mas meus posicionamentos serão sempre muito claros e definidos, em consonância do que a população merece – disse.

A senadora destacou que deve lutar a favor dos municípios e a modificação do pacto federativo.

Ainda na entrevista, Daniella disse que votou a favor da liberação do empréstimo ao Governo do Estado, despachado na última semana, e que, por ser oposição, irá fiscalizar a destinação dos valores.

– Não houve conversa com o governador, nem com Veneziano ou Maranhão. Eu procuro estudar e conhecer a situação e vi que o Estado tem condições desse endividamento com o Banco Mundial – contou.

Ela comentou a atuação da Cruz Vermelha na Paraíba e o escândalo envolvendo assessores do primeiro escalão do governo Ricardo Coutinho e João Azevêdo. Disse que foi contra a parceria com a organização e que lutou, na ALPB, para que esta não viesse administrar o Hospital de Trauma em João Pessoa.

– Avisei muitas vezes que isso não daria certo e foram muitas brigas, e agora explodiu tudo aquilo que eu temia. Mas nunca deixamos de nos posicionar. Me sinto com a alma tranquila de saber que lutei muito para que aquele contrato não acontecesse e, anos depois, acontece esse problema – destacou.

A senadora ainda falou sobre as eleições de 2020. Disse estar pronta para qualquer desafio, caso o partido a indique, mas que foi eleita para o Senado e pretende continuar.

– Não posso dizer que nunca, jamais. Eu acredito muito em construções. Quando decidi ser candidata a senadora não contei para ninguém, eu comecei trabalhando para que isso pudesse acontecer e realmente aconteceu e eu acho que, da mesma forma, é assim que se constrói uma candidatura principalmente em uma cidade tão importante como Campina Grande para toda a Paraíba – finalizou.

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