A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou o sexto caso de malária. A paciente, moradora do município de João Pessoa, tinha histórico de ida ao município de Conde nos últimos 30 dias e apresentava sintomas sugestivos da doença. Após a realização do teste rápido com resultado positivo, ela foi transferida para a unidade assistencial de referência, o Hospital Universitário Lauro Wanderley (HU), e teve a medicação iniciada.
A gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares, pontua que a secretaria vem trabalhando junto aos profissionais do município de Conde e do Ministério da Saúde (EpiSUS), desde o primeiro caso notificado, para implementação de medidas de vigilância da doença que oportunize a identificação dos casos nos primeiros dias com o objetivo de interromper a transmissão.
“Além disso, estamos executando ações de controle vetorial e entomológico, utilizando oportunamente inseticida intradomiciliar em todos os casos confirmados. Realizamos também vários ciclos do UBV pesado, que é o carro fumacê, em todo o município para redução da densidade populacional do mosquito Anopheles”, afirma.
Talita observa que, mesmo com a execução de todas essas ações, um dos pontos mais importantes para interromper o ciclo da doença é a ida ao serviço de saúde daquela pessoa que reside no Conde ou que esteve na cidade no período de 8 a 30 dias anterior à data dos primeiros sintomas.
“Se a pessoa sentiu febre, acompanhada ou não de cefaleia, náuseas, fadiga, anorexia, calafrios, sudorese, cansaço, mialgia e tremores, deve realizar o teste rápido e/ou Exame Gota Espessa para malária e, se positivo, iniciar a medicação de imediato. A medicação é gratuita e disponibilizada pelo Ministério da Saúde por meio da Secretaria de Estado da Saúde”, alerta.
No intuito de descentralizar o atendimento, a SES realizou uma capacitação de coleta da lâmina de Gota Espessa para profissionais de equipamentos hospitalares do município de João Pessoa e região. A qualificação aconteceu em abril e foi ministrada pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB). Talita afirma que é importante lembrar que na ausência de testes rápidos o exame de Gota Espessa deve ser coletado e enviado ao Lacen-PB para leitura. Não existe exame na rede privada para diagnóstico de Malária.
“Quando um equipamento hospitalar, público ou privado, suspeitar que o usuário esteja com malária e não tiver o teste rápido ou profissional capacitado para coletar o exame de Gota Espessa, a unidade deverá acionar a vigilância epidemiológica municipal para que assim seja disponibilizado um profissional do Estado capacitado para coleta do exame e envio ao Lacen-PB”, recomenda.
O município de Conde caracteriza-se hoje com risco potencial de transmissão da doença, cabendo a todos os usuários e visitantes a tomada de medidas de prevenção contra picada de mosquitos como: o uso de calças e camisas de manga longa e de cor clara, uso de repelentes, evitar locais próximos a criadouros naturais dos mosquitos (beira de rios e lagos, áreas alagadas ou coleções hídricas, região de mata nativa), principalmente nos horários da manhã e ao entardecer, por serem os períodos do dia de maior atividade dos vetores da doença, entre 17h e 6h, uso de telas protetoras nas portas e janelas e o uso de mosquiteiros.