A violência contra crianças tem crescido na Paraíba, e deixado a população perplexa e revoltada. Em menos de 15 dias, três casos foram registrados no Estado. O fato mais recente aconteceu no município de Cruz do Espírito Santo, na Grande João Pessoa.
Uma mulher de 28 anos foi detida suspeita de agredir com tapas a filha, uma menina de nove anos. As agressões aconteceram no domingo (21), na casa onde elas moram, no município de Cruz do Espírito Santo, na Grande João Pessoa.
A mulher teria agredido a filha após descobrir áudios da menina a xingando. Quando a suspeita pediu para a criança mostrar os áudios, a menina disse que tinha apagado o conteúdo. Com isso, a mulher deitou a menina em uma cama, subiu nela e começou a dar tapas no rosto e ameaçar a criança.
A suspeita foi localizada nessa quarta-feira (24) e encaminhada à Delegacia, onde prestou depoimento.
As agressões contra menores tem se tornado frequentes na Paraíba, e cresceram desde o dia 11 deste mês quando um menino de sete anos deu entrada no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande vítima de tortura praticada pelos próprios pais. Ele estava sendo mantido em cárcere privado na zona rural do município de Boqueirão, inclusive acorrentado.
A criança foi encontrada com várias marcas de agressões pelo corpo e em estado de desnutrição. A suspeita é que ela tenha passado quase 40 dias sendo acorrentado e sob maus-tratos. A mãe e o padrasto foram presos como suspeitos de torturarem o menor.
De acordo com a Polícia Civil, Maria Aparecida Souza Silva, mãe da criança, vai ser transferida para o Presídio Feminino de Campina Grande. O companheiro dela, Edilson Cosme Albuquerque, padrasto da vítima, vai ser conduzido à Penitenciária Padrão de Campina Grande.
O laudo finalizado pelo Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) confirmou que a criança sofria agressões físicas prolongadas e contínuas, o que se configura como tortura.
Já na última quarta-feira (24), uma mulher foi presa suspeita de espancar a filha, uma menina de dez anos, e a sobrinha, criada como uma filha, uma garota de nove anos. As agressões, promovidas com tapas e com uso de cinturões e cabos de vassoura, aconteciam na casa onde elas moravam, em Campina Grande.
Os maus tratos foram descobertas após a professora de Educação Física das crianças constatar os sinais de violência física e acionar o Conselho Tutelar, bem como a Polícia. As duas vítimas estavam com várias marcas de espancamento por todo o corpo e foram submetidas ao exame de corpo e delito no Instituto de Polícia Científica, onde foi constatada várias lesões corporais.