Sem auxílio da PMCG, 85 famílias sem-teto reivindicam moradia e assistência social

Cerca de 320 pessoas, entre crianças, mulheres, idosos e deficientes físicos, que estão morando em barracos de papelão e lona em meio à pandemia da Covid-19.

Um grupo formado por 85 famílias de moradores sem-teto na cidade de Campina Grande estão ocupando há 36 dias o Campo do São Paulo, no bairro do Jardim Paulistano, sem acesso a nenhum tipo de auxílio por parte do governo municipal.

Segundo Edvan Lucas, uma das lideranças do movimento, o grupo que se iniciou com três famílias, já soma 85 famílias, cerca de 320 pessoas, entre crianças, mulheres, idosos e deficientes físicos, que estão morando em barracos de papelão e lona em meio à pandemia da Covid-19. São trabalhadores e trabalhadoras, que vivem da coleta de materiais recicláveis, com o auxílio do Bolsa Família e trabalhos informais, e que, infelizmente, por conta da crise não possuem a condição de pagar aluguel. Em situação de vulnerabilidade, essas famílias estão sobrevivendo de doações de roupas e alimentos, enquanto reivindica o direito a moradia garantida na Constituição.

Despejados em junho do Distrito industrial por ordem judicial, reocuparam o matagal no Jardim Paulistano, morando em barracos improvisados para não dormir ao relento: “O complexo Aluízio Campos tem 1.500 casas desocupadas, mas não queríamos agir fora-da-lei, por isso ocupamos um espaço que estava abandonado”, disse Edvan Lucas ressaltando o caráter das pessoas que lá habitam composto de trabalhadores honestos em situação de extrema-pobreza.

Segundo o grupo, para além da situação de vulnerabilidade, existe o medo de seus barracos serem despejados, tendo em vista que durante todo esse período, a Prefeitura só entrou em contato com eles no sentido de inviabilizar a permanência deles nesses locais, mas sem apresentar nenhum tipo de alternativa que pudesse solucionar os seus problemas.

Edvan ainda faz um apelo à população de Campina Grande, para que apoiem a causa do movimento e que possam através de doações ajudarem a minimizar a situação vivenciada por tantas famílias, “Pedimos ajuda da população, a ajuda de todos os órgãos competentes, que possam nos ajudar nessa batalha, pois não tem sido fácil, todo dia a gente dorme aqui, mas amanhece o dia já assustado, com medo das máquinas da Prefeitura chegar e derrubar nossos barracos” afirmou.

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