Instagram é acusado de coletar dados biométricos ilegalmente

Empresa de Mark Zuckerberg é denunciada por armazenar dados de mais de 100 milhões de pessoas que utilizam o app de fotos, sem o consentimento.

O tribunal estadual de Redwood City, na Califórnia (Estados Unidos), abriu anteontem (10) um novo processo contra o Facebook. Desta vez, a empresa está sendo acusada de coletar dados biométricos ilegalmente dos usuários do Instagram com o objetivo de obter lucro.

Na ação, a empresa de Mark Zuckerberg é denunciada por armazenar dados de mais de 100 milhões de pessoas que utilizam o app de fotos, sem o consentimento ou conhecimento delas, e lucrar com isso ao supostamente vender as informações. Ela estaria violando uma lei de privacidade do estado de Illinois que proíbe tal atitude.

Conforme a legislação, uma empresa que pratica esse tipo de violação está sujeita a ser multada em US$ 1 mil a cada vez que desrespeita a regra, mas o valor pode aumentar para US$ 5 mil caso fique comprovada a ação imprudente ou intencional da organização.

A ação judicial afirma que o Facebook só informou aos usuários do Instagram sobre a coleta de dados biométricos no começo deste ano, algum tempo depois de ter iniciado a prática. Até o momento, a rede social não se pronunciou a respeito do caso.

Mesma acusação, outro processo

No mês passado, a companhia já havia sido acionada na justiça norte-americana por um problema parecido. A acusação foi sobre a coleta ilegal de dados biométricos no próprio Facebook por meio de uma ferramenta de marcação de fotos.

Para resolver o processo por violação de privacidade aberto em Illinois, a companhia ofereceu o pagamento de US$ 650 milhões. Caso o acordo seja aceito pela justiça, o valor será dividido entre todos os usuários residentes no estado que têm fotos postadas na plataforma a partir de 2011 — cada pessoa pode receber até US$ 400.

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