O Botafogo-PB foi derrotado mais uma vez pelo Treze no ano e, com o resultado, termina os jogos de ida da Série C com a pior campanha neste novo formato da competição.
Em mais uma partida pouco criativa e com falhas defensivas nas jogadas de bolas paradas, o Belo perdeu mais uma na terceira divisão, manteve os 8 pontos e passou a ver a possibilidade de terminar o turno dentro da zona de rebaixamento, caso o Galo vença a sua partida adiada da primeira rodada, diante do Imperatriz, o lanterna do Grupo A, que está marcada para a próxima quinta-feira (08).
Para o Clássico Tradição disputado no Amigão, o treinador botafoguense promoveu uma importante mudança no meio de campo, sacando Higor Leite e colocando Léo Moura para atuar na organização e criação da equipe. Zimmermann avaliou bem o desempenho do experiente lateral-direito e lamentou os erros defensivos em mais um revés.
– O meio de campo, eu mantive o mesmo padrão. O Léo Moura acho que foi bem, conseguiu fazer o que queríamos de organização. É evidente que a derrota, principalmente no primeiro tempo, ela não passou pelo meio de campo. Tivemos dois erros na bola parada, acontece, não coloco a culpa em ninguém. Fica difícil você sair perdendo um clássico por 2 a 0 – analisou.
Sem os artilheiros do ano Lohan, que se transferiu para o América-MG, e Rodrigo Andrade, suspenso, a equipe encontrou dificuldades para levar perigo a meta defendida por Andrey na segunda etapa. Com um volume de jogo maior, não conseguiu criar boas oportunidades e esbarrou em um Treze bem montado atrás.
– No segundo criamos talvez mais do que o Treze no primeiro tempo e não conseguimos fazer nenhum gol. Quando você está jogando um clássico fora de casa e está perdendo por 2 a 0, você fica menos tranquilo, mas a produção do segundo tempo, era produção, pelo menos, para buscar o empate, mas não conseguimos – lamentou.
Diego Rosa e Everton Heleno não foram capazes de suprir essas ausências, o que demonstrou a evidente dificuldade em relação a peças que Zimmermann tem enfrentado. Antes do inicio da competição nacional, o elenco contava com oito opções para o ataque, e hoje tem apenas Diego Rosa, Ramon, que chegaram durante a Série C, e Mário Sérgio.
– O que estamos falando, nada em questão de que faltem jogadores em termos de qualidade, mas faltam outras alternativas, outras características e que nós não temos. Nós hoje temos um grupo limitado que, quando você perde o Lohan e o Rodrigo, não é que os jogadores que entram não possam ajudar, só que também enfraquece as tuas opções de banco – explicou.
O treinador destacou a atuação do Diego Rosa em sua segunda participação no time como a de alguém que acrescentou, mas que ainda é pouco para o que precisa em um torneio como esse, mas que não é um problema que surgiu por causa de uma derrota.
– O que aconteceu no jogo foi um mau primeiro tempo, em que o Treze aproveitou, e um segundo tempo melhor sem produção para gol. Agora, as nossas carências não precisam de um resultado negativo para percebermos, as nossas carências são anteriores a essa partidas. Carências, eu digo, em termos de quantidade, e é isso que a direção tem buscado, mas às vezes é difícil fazer contratações no meio de um campeonato – concluiu.
Em coletiva na sexta-feira (02), na Maravilha do Contorno, o presidente Orlando Soares informou que a diretoria segue em busca de pelo menos mais quatro reforços, sendo dois deles para o ataque, mas que tem encontrado dificuldades para o acerto, sugerindo alguma interferência da oposição no mercado para atrapalhar.
A informação divulgada pelo perfil Bora Belo e confirmada pelo Voz da Torcida é que o meio-campista Daniel Costa e o atacante Raphael Macena, que estavam no XV de Piracicaba, jogando com Evaristo Piza na Série A2 Paulista, e o zagueiro Rodrigo, ex-Brasiliense, devem ser anunciados no início desta semana.
O próximo compromisso do Belo no certame será no sábado (10), contra o Ferroviário-CE, pela décima rodada. A partida será no estádio Almeidão, às 17 horas.
