Romero escolhe o dia da tragédia em Manaus para posar ao lado do principal responsável por ela

No dia da maior tragédia da pandemia no país, ex-prefeito campinense não escondeu sua alegria ao posar ao lado de quem promove um verdadeiro genocídio no Brasil

É chover no molhado argumentar que viver a roleta russa de emoções tragicômicas que o presidente Jair Bolsonaro nos faz experimentar. Sem dúvidas, o dia mais triste desta pandemia do novo coronavírus foi esta quinta-feira (14), com milhares de pessoas infectadas em Manaus morrendo asfixiadas por falta de oxigênio hospitalar.

Um presidente da República qualquer, na atual conjuntura que o país e principalmente o Amazonas se encontra, teria dedicado o seu tempo integralmente para viabilizar soluções. Pelo contrário, seguiu, junto com o ministro da Saúde, enganando a população, com a farsa de que um avião iria até a Índia pegar 2 milhões de doses de vacina. Chegaram até a anunciar quando seria o dia D e qual seria a hora H.

Pelo contrário, Bolsonaro preferiu receber visitas de políticos em seu gabinete para tratar de 2022. Uma dessas visitas foi do ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD).

O campinense não escondeu sua alegria ao posar ao lado de quem promove um verdadeiro genocídio no país, quer seja de maneira direta, quanto indireta.

Romero quer ser governador da Paraíba e para isso, já busca o apoio do presidente. Romero quer o apoio de quem fala que quem tomará a vacina chinesa pode virar jacaré, incentivando a descrença da população na ciência, na eficácia da vacinação, empurrando o povo para a morte. É a reprodução do que ocorreu na Revolta das Vacinas, em que as “fakes news” propagavam que quem tomasse a vacina para prevenir a varíola iria desenvolver traços, características bovinas. O povo foi às ruas protestar para não ser vacinado para não se tornar um grande gado. Morreram muitos. Hoje, o gado se revolta para não ser jacaré. A mediocridade é assombrante.

Romero quer o apoio do Capitão Cloroquina, medicamento que se sabe não é eficaz para o tratamento da Covid-19. É feliz ao lado de quem minimizou a morte de milhares de brasileiros ao dizer que não era coveiro para estar contando mortos. E daí?

Romero quer se aliar ao modelo de gestão que sonha em liberar armas, que admite a própria incompetência ao confessar que “o Brasil tá quebrado”. Quer quebrar a Paraíba também?

No dia do ápice da tragédia anunciada em Manaus, onde, ironicamente, o maior pulmão do mundo carecia de oxigênio, Romero estava com Bolsonaro a tratar eleições de daqui a dois anos, que mal sabem eles se vão estar vivos para disputar. Nem eu mesma sei se estarei viva para cobrir jornalisticamente.

Quando queremos apoio, geralmente procuramos de nossos iguais. Bolsonaro e seus filhos promovem a desinformação, incitam a violência civil, pregam o tratamento precoce. Na corrupção, o caso das rachadinhas está aí para quem quiser ver. Era dinheiro de funcionário público sendo subtraído para milicianos e financiamento desse projeto infame de poder. Lá em Campina, a gestão de Romero é investigada por surrupiar merenda escolar de crianças…

A história não perdoará Bolsonaro e sua antipolítica de saúde genocida. A Paraíba vai lembrar aonde estava Romero Rodrigues no dia mais agonizante do país.

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