O ex-ministro Sergio Moro e agora pré-candidato à presidência da República pelo Podemos, deu uma ideia de como vai nortear sua campanha para as eleições em 2023. No esboço de seu planejamento, Moro expôs parte do posicionamento que vai adotar contra adversários políticos como o presidente Jair Bolsonaro, que ele avaliou como “péssimo” na atuação durante a pandemia.
Na Paraíba desde quinta-feira (6), ele vem cumprindo agenda com empresários e apoiadores, além de participar de entrevistas com a imprensa paraibana, onde tem adotado um estilo cauteloso, que só se exalta para falar da sua bandeira na vida pública: a Operação Lava-jato, que ele afirmou ter “orgulho”. Nesta sexta-feira (7), Moro conversou com a repórter Gabriela Lima, da TV Tambaú/SBT..
Sobre alianças políticas no estado, disse que tem conversado paralelamente com partidos políticos, por que precisa construir uma aliança em cima de um projeto para o país. Citou o deputado Julian Lemos como um dos principais apoiadores, que está aberto para conversar com todos, mas que ainda é prematuro falar sobre em qual palanque ele pode subir na Paraíba. “Nós estamos apenas iniciando as conversas aqui na Paraíba, tem também o Podemos, que é o nosso núcleo, para construir esse projeto maior. Ou seja, a gente tá começando “, disse.
Ele também se animou ao avaliar a série de compromissos na Paraíba, demonstrando que conhece as potencialidades do estado. “Foi ótimo, foi revigorante vir pra Paraíba nesse começo de ano, primeiro porque tem essas praias belíssimas na cidade e as pessoas são muito simpáticas. Em todo lugar que vai tem uma boa recepção – as pessoas querem conversar e muitas vezes vem falar sobre a Lava Jato. Campina Grande é um polo de tecnologia e a Paraíba tem potencial para energia renovável e potencial turístico.
Durante a visita, Moro deixou claro que sua bandeira para 2023 será o combate à corrupção. “Durante a Lava Jato, a gente mostrou que o país pode ser diferente, que tenha apreço pela lei, que se alguém cometer um crime, ainda que a pessoa seja poderosa, a lei está acima dela. E a gente viu o país funcionando – é isso que a gente tem que recuperar. Parte do nosso projeto envolve a retomada do combate à corrupção que foi abandonado”, declarou.
