Os usuários do Twitter podem perder o selo de verificação azul em breve. O dono do microblog, Elon Musk, anunciou publicamente a mudança respondendo ao tuíte de um usuário da plataforma, na última segunda-feira (12).
A reestruturação acontece porque o empresário não está nada satisfeito com os critérios anteriores de seleção para o selo.
“A forma como foram distribuídas foi corrupta e absurda”, disse Musk na publicação.
Ao ser criticado pela mudança, chamada de “cruel” pelo usuário em questão, o mais novo dono da plataforma lançou um ultimato: todos os selos azuis “herdados” antes das modificações serão removidos “em alguns meses”.
Anteriormente, o Twitter usava o selo azul para indicar contas ativas de usuários em destaque, como políticos, instituições e personalidades famosas, verificando a identidade deles. “Estamos mudando o significado da marca de seleção”, afirmam os novos termos da rede social.
CRITÉRIOS PARA TER O NOVO SELO AZUL
Para ser elegível à marca azul no perfil, o usuário precisa seguir algumas orientações: manter as informações da conta completas e atualizadas, com nome de exibição, foto de perfil e um número de telefone confirmado; conta precisa ter sido acessada nos últimos 30 dias; deve ter mais de 90 dias de existência; não deve ter alterações recentes na foto de perfil, nome de exibição ou nome de usuário (@usuário); e não pode ter sido detectado sinal de que o perfil é enganoso, manipula internautas ou pratica spam.
Vale lembrar que, de acordo com os Termos de Serviço do Twitter, a plataforma pode remover a marca de seleção a qualquer momento sem aviso prévio.
SELO AZUL PELO TWITTER BLUE
Agora, além dos perfis notáveis, existe mais uma via para conseguir a tag verificada: pagando por ela. O relançamento da plataforma de assinaturas, Twitter Blue, aconteceu recentemente e uma das vantagens é que ele adiciona a marca azul no perfil, além de acesso antecipado a novos recursos.
Aos interessados, o Twitter está cobrando US$ 8/mês (cerca de R$ 42,10 na cotação atual) na versão web -para computadores- ou US$ 11 (cerca de R$ 57,88) mensais para iOS -sistema operacional dos aparelhos da Apple. A reestruturação pode ser uma tentativa de resolver os controversos problemas de receita do microblog.
Todos que pagavam um preço antigo menor serão notificados sobre o aumento das taxas para os valores atuais. O internauta tem a opção de cancelar a assinatura, caso não concorde com os termos.
Por enquanto, o Twitter Blue não está disponível oficialmente no Brasil.
POLÊMICA DOS SELOS AZUIS
A Central de Ajuda oficial do microblog já atualizou suas informações, dando dicas sobre os próximos passos. Por lá, o Twitter deixa claro que a marca de seleção pode demorar mais tempo para aparecer nas contas com Twitter Blue, para entender se ela cumpre as regras de elegibilidade.
Anteriormente, Musk foi obrigado a adiar o serviço por conta de uma onda de contas falsas de celebridades com o selo azul, no que resultou em uma onda de tuítes de usuários pagantes simulando perfis oficiais.
Na época, o bilionário jogou o relançamento do Twitter Blue para frente até que houvesse uma confiança sólida na plataforma paga. Para ter uma ideia, surgiram novas contas “verificadas” de figuras, como o atual presidente norte-americano, Joe Biden, o ex-presidente George W. Bush e até Jesus Cristo.
No tuíte durante o mês passado, Musk também anunciou uma possível alternativa para o fim da confusão entre perfis verificados pela plataforma e contas no Twitter Blue: “Provavelmente usaremos verificações de cores diferentes para organizações em relação a indivíduos.”
Ao que tudo indica, a ideia saiu do papel. Atualizações na Central de Ajuda do microblog mostram um novo “Twitter Blue for Business”, voltado para entidades comerciais. Com ele, é possível adicionar uma marca dourada diferenciada -ao invés da azul- na conta verificada.