Barreiras regionais dificultam federação entre PP e União; Efraim pode liderar na PB

Enquanto alguns integrantes de ambos os partidos veem poucas chances de a aliança prosperar, outros apostam que o acordo seguirá adiante apesar das dificuldades encontradas nos estados.

Uma reportagem publicada pela Folha, nesta terça-feira (07), afirma que o acordo para a criação da federação entre o PP e a União Brasil emperrou em meio a dificuldades das lideranças em resolver disputas sobre o comando de diretórios regionais em pelo menos sete estados, incluindo a Paraíba.

Segundo a Folha, integrantes do PP e da União Brasil listam uma série de entraves para que a combinação dos partidos aconteça, em estados como Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraíba, Paraná e São Paulo.

Enquanto alguns integrantes de ambos os partidos veem poucas chances de a aliança prosperar, outros apostam que o acordo seguirá adiante apesar das dificuldades encontradas nos estados.  De acordo com a reportagem, o critério que foi definido para resolver as travas regionais envolve entregar o diretório estadual para o grupo político mais influente localmente.

Na Paraíba, por exemplo, a União Brasil ficaria com o comando do diretório, segundo a Folha. O estado elegeu o senador Efraim Filho em 2022. O jornal aponta que o grupo político do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) não aceita perder a influência local e a possibilidade de lançar candidaturas para as eleições municipais de 2024.

A tese da Folha de São Paulo é a mesma do deputado estadual George Morais, irmão de Efraim, que em entrevista á TV Arapuan, considerou como “natural” o comando da federação ficar com o senador por causa da posição que ele ocupa no Congresso Nacional.

Outros critérios para a definição do comando

Ainda de acordo com a reportagem, nos estados em que o governador for filiado a um dos dois partidos, o grupo aliado ao chefe do Executivo estadual deve ter precedência na definição do presidente do diretório. Nas regiões em que a federação não tiver governador, a precedência será definida pela quantidade de senadores. Se houver empate, o último critério será a quantidade de deputados eleitos no estado. O critério não agrada políticos influentes no Congresso que podem perder espaço regionalmente com a federação.

Perspectivas da Federação

Se confirmada, a expectativa é que a federação do PP com o União seja chamada de União Progressista. Se a  for formada, a federação montaria uma superbancada de 108 deputados —superando o PL (hoje com 99 deputados) e a federação do PT, PC do B e PV, que soma 81.

Vale destacar que o atual União Brasil já é resultado de um acordo político entre os antigos partidos DEM e PSL, resultando em fusão de ambas as legendas.

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