Uma abordagem da Polícia Militar no bairro Alto do Mateus, em João Pessoa, revelou uma rinha de galos.
Inicialmente a polícia havia recebido uma denúncia de receptação, ao abordarem um veículo eles encontraram diversos galos de briga em condições evidentes de maus-tratos.
Durante a operação, os agentes constataram que os galos estavam sem os esporões naturais, substituídos por esporões de acrílico, típicos de rinhas de galo. Esses dispositivos são fixados para aumentar o dano nas brigas entre os animais, evidenciando a prática ilegal e cruel.
A inspeção revelou que os galos estavam sendo preparados para combates. A perita veterinária e a delegada adjunta da Delegacia de Crimes Contra o Meio Ambiente e Patrimônio (DCCPAT) confirmaram que os animais apresentavam sinais claros de mutilação e debilidade. Muitos mostravam respiração acelerada e lesões graves causadas pelo acondicionamento inadequado em sacos plásticos e de tecido, que impediam a locomoção normal dos animais.
Ao todo, 16 animais foram periciados. Todos estavam vivos, porém alguns em estado crítico de saúde, sem acesso a hidratação ou alimentação adequadas dentro do veículo.
Além dos esporões de acrílico, os policiais encontraram outros artefatos e marcas que corroboravam a suspeita de que os galos eram usados para brigas. O motorista do veículo foi preso em flagrante e, após audiência de custódia, assinou um termo de compromisso para comparecer à justiça. Ele não possuía antecedentes criminais.
A Polícia Militar segue investigando o caso para identificar outros possíveis envolvidos e coibir a prática de rinhas de galo na região.