Operação resgata 59 trabalhadores em condições análogas à escravidão na Paraíba

A ação, realizada entre os dias 3 e 5 de fevereiro, contou com a participação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF).

Uma operação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) resgatou 59 trabalhadores submetidos a condições análogas à escravidão em obras da construção civil nas cidades de João Pessoa e Cabedelo, na Paraíba.

A ação, realizada entre os dias 3 e 5 de fevereiro, contou com a participação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF).

Condições degradantes e riscos à segurança

Os trabalhadores atuavam em obras no bairro de Manaíra, na capital, e nas praias do Poço e Ponta de Campina, no litoral de Cabedelo. Em cinco dos sete estabelecimentos fiscalizados, foram identificadas condições degradantes, como:

🔹 Alojamentos precários dentro das próprias construções.
🔹 Falta de ventilação e saneamento inadequado.
🔹 Trabalhadores dormindo sobre tijolos e cavaletes, sem roupas de cama ou armários.
🔹 Apenas um vaso sanitário para 30 pessoas.

Além disso, foram constatadas graves irregularidades na segurança do trabalho, incluindo:

🔸 Fiações elétricas expostas e andaimes irregulares.
🔸 Falta de medidas de proteção contra quedas.
🔸 Acidentes de trabalho, como o caso de um operário que fraturou a coluna ao cair de uma laje.
🔸 Denúncias de dores na coluna e ausência de equipamentos de proteção adequados.

Diante das infrações, o Ministério do Trabalho e Emprego embargou todas as obras fiscalizadas.

Direitos garantidos aos trabalhadores

Os 59 trabalhadores resgatados tiveram seus contratos rescindidos e receberam um total de R$ 244 mil em verbas rescisórias. Além disso, foram cadastrados no programa de seguro-desemprego especial, que garante o benefício por três meses.

Duas das quatro empresas envolvidas assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MPT, comprometendo-se a pagar R$ 250 mil em indenizações por danos morais. As outras duas empresas serão alvo de ações civis públicas.

Como denunciar trabalho análogo à escravidão

Denúncias podem ser feitas pelos canais do MPT e do Ministério do Trabalho e Emprego, através de:

📌 Site: www.mpt.mp.br
📌 Aplicativo: MPT Pardal
📌 Disque 100
📌 WhatsApp do MPT na Paraíba: (83) 3612-3128

O combate ao trabalho escravo é essencial para garantir condições dignas e seguras aos trabalhadores.

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