O preço da cesta básica de alimentos aumentou em 15 das 17 capitais brasileiras pesquisadas pelo Dieese em abril, em comparação ao mês anterior. As maiores elevações foram registradas em Porto Alegre (5,3%), Recife (4%), Vitória (4%) e São Paulo (3,2%). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (8) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
João Pessoa aparece como a terceira capital com a cesta básica mais barata do país, com valor médio de R$ 641,57, ficando atrás apenas de Aracaju (R$ 579,93) e Salvador (R$ 632,12). Na outra ponta, São Paulo registrou o maior custo da cesta básica: R$ 909,25, seguida de Florianópolis (R$ 858,20), Rio de Janeiro (R$ 849,70) e Porto Alegre (R$ 834,22).
Na comparação com abril de 2024, houve alta em 15 capitais, com variações que oscilaram entre 3,92%, em Natal, e 10,5%, em São Paulo. Apenas Salvador (-1,25%) e Aracaju (-0,37%) apresentaram queda. No acumulado do ano, de janeiro a abril de 2025, todas as capitais registraram aumento, com destaque para Recife (10,94%) e Brasília (4,39%).
Com base na cesta mais cara — a de São Paulo — e considerando o que prevê a Constituição Federal sobre o salário mínimo ideal para cobrir despesas de uma família de quatro pessoas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o valor necessário deveria ser de R$ 7.638,62, ou seja, 5,03 vezes o valor do mínimo vigente, de R$ 1.518.
Variação nos produtos
Entre os produtos que mais contribuíram para a alta em abril, destacam-se:
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Café em pó, com aumento em todas as capitais, principalmente em Vitória (15,5%).
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Batata, pesquisada no Centro-Sul, teve alta em todas as cidades, com destaque para Porto Alegre (35%) e São Paulo (11%).
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Tomate subiu em 15 capitais, com maiores altas em Porto Alegre (51,9%) e Vitória (34,2%).
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Carne bovina de primeira teve alta em 11 capitais, com variações entre 0,06%, em São Paulo, e 1,08%, em Florianópolis. Seis capitais registraram queda, sendo Salvador (-2,81%) a mais expressiva. No acumulado de 12 meses, o preço da carne aumentou em todas as cidades, com Fortaleza (29,2%), Brasília (29%) e São Paulo (28,6%) liderando as variações.
