O TikTok anunciou nesta quinta-feira (20) que já removeu mais de 380 mil vídeos nos Estados Unidos, só neste ano, por violarem suas políticas de discurso de ódio. O aplicativo da chinesa ByteDance também já baniu mais de 1.300 contas e 64 mil comentários pelos mesmos motivos.
“Esses números não refletem uma taxa de sucesso de 100% na detecção de cada conteúdo ou comportamento de ódio, mas indicam nosso compromisso com a ação”, disse Eric Han, chefe de segurança do TikTok nos EUA em um comunicado.
A empresa, que se classifica como crescente e diversificada, afirma que reforçará suas diretrizes e seu combate ao discurso e aos grupos de ódio, detectando, notificando e removendo conteúdos que possam ir contra sua política.
Além disso, o TikTok desenvolve ferramentas para dificultar a disseminação de conteúdo impróprio. Caso um usuário busque por termos como a saudação nazista “heil Hitler”, ele será redirecionado para conteúdos removidos ou para as diretrizes do aplicativo que dizem sobre as expressões de ódio.
“Queremos que nossa comunidade saiba que estamos ouvindo seus comentários e trabalhando para aumentar a transparência quanto aos motivos pelos quais o conteúdo pode ser removido”, disse o chefe de segurança do app.
O TikTok classifica como violação de suas diretrizes conteúdos que tenham a intenção de “atacar, ameaçar, incitar a violência ou desumanizar um indivíduo, ou grupo de indivíduos com base em atributos protegidos, como raça, religião, gênero, identidade de gênero, nacionalidade e muito mais.”
Banido dos EUA
A busca por reforçar a segurança do aplicativo vem no momento em que o governo de Donald Trump deseja banir o TikTok do país. O presidente dos Estados Unidos estabeleceu 15 de setembro como prazo para que uma empresa compre as operações do app nos EUA.
Para Trump, a plataforma pode ser uma ferramenta de inteligência chinesa.
Até agora, oficialmente, a Microsoft é a única interessada em comprar as operações do TikTok nos Estados Unidos — Canadá, Austrália e Nova Zelândia também entrariam na conta. As negociações, porém, ainda são preliminares.
Nesta quinta-feira, a agência Bloomberg disse que o grupo Oracle também estaria interessado. A empresa, porém, não comentou as informações.