A Polícia Civil apontou que o ex-prefeito Expedito Pereira foi alvo de homicídio duplamente qualificado, mediante emboscada, e que os autores agiram para encobrir o desvio do patrimônio da vítima, segundo informações obtidas. As conclusões constam no inquérito criminal, que a Delegacia de Crimes Contra a Pessoa (Homicídios) da Capital concluiu para oferecimento de denúncia contra Ricardo Pereira, sobrinho do ex-prefeito de Bayeux, e contra Gean Carlos e Leon, acusados de agir sob comando de Ricardinho.
Segundo a delegada Emília Ferraz, “as investigações da Polícia Civil apontaram para a identificação tanto do executor, quanto dos idealizadores do crime, sendo um deles, inclusive, sobrinho e pessoa de total confiança da vítima.”
O inquérito policial foi presidido pelos delegados Vitor Melo e Emília Ferraz, que chegaram à conclusão pelo “indiciamento por homicídio duplamente qualificado, mediante emboscada e em concurso de pessoas, e para assegurar a ocultação de outros crimes, tendo os autores agido delitivamente para encobrir a dilapidação do patrimônio da vítima”, completou Emília Ferraz.
Expedito foi assassinado em uma calçada na Avenida Sapé, no bairro de Manaíra, em João Pessoa, na manhã do dia 9 de dezembro de 2020. A vítima foi atingida por dois disparos de arma de fogo, após aproximação do atirador, que pilotava uma moto.
Ainda segundo a delegada, o inquérito policial foi completamente ratificado pelo Ministério Público, que já ofereceu inclusive a denúncia, e assim como a Polícia Judiciária, representou também pela conversão da prisão temporária dos acusados em prisão preventiva. O procedimento ainda está sob a análise da Justiça. E um dos envolvidos, o Gean Carlos, ainda está foragido.
Foram realizadas 10 perícias, requisitadas pelos delegados do caso e que contaram com o apoio do Instituto de Polícia Científica (IPC) quando da execução e conclusão dessas etapas da investigação, a exemplo de coleta de vestígios, análise de imagens, confronto de perfil genético, e até a de exames grafotécnicos, e que também contaram com o apoio fundamental da Unintelpol.
A delegada Emília Ferraz ainda esclareceu que “o crime que vitimou Dr Expedito não é só um crime grave, ele é de natureza hedionda, um crime que além de enlutar uma família, sensibilizou a população tanto da cidade de João Pessoa como, especialmente, a da cidade de Bayeux.”
Já o delegado Vitor Melo destacou que a Polícia “continua trabalhando no sentido de dar cumprimento ao mandado de prisão que foi expedido contra o único foragido, e para tanto conta com a informação da sociedade, que poderá colaborar através do canal de informações da Polícia Civil, o 197, ressaltando o respeito absoluto ao anonimato.”