A decisão do governador João Azevêdo em se filiar ao Cidadania não afetou, ao menos agora, a manutenção das alianças com a maioria dos partidos do chamado “campo democrático”, como Rede Sustentabilidade, PMN e PCdoB. A exceção é Partido dos Trabalhadores, que já recebeu o aval da executiva nacional para romper com a gestão estadual.
O presidente do diretório estadual da Rede, Gerson Vasconcelos, afirmou que o partido vai se reunir ainda nesta semana e deve colocar a discussão em pauta. Mas, adiantou que não deve mudar o comportamento diante do cenário atual.
“A Rede vê o Cidadania como um partido que tenta construir uma linha não tão conservadora, nem tão de direita, apesar de algumas pautas. A gente tem um alinhamento muito grande com o Cidadania. Nós não vemos como impedimento que a gente possa construir algo positivo pela Paraíba. O governador vai unir forças para continuar o processo. Fizemos parte de uma coligação com o Cidadania na majoritária e na proporcional e tivemos um resultado positivo. Se a gente se uniu em 2018, temos tudo para dar continuidade em um governo que vem fazendo bem pela Paraíba”, disse.
A presidente do PMN Paraíba, Lídia Moura, disse que não há alteração, mesmo com a mudança estabelecida pelo governador.
“O PMN segue igual. A gente trata de refletir que esse partido escolhido pelo governador, é um partido que fez aliança para eleição dele, então nós já estivemos coligados. Se servia para uma eleição lá atrás, proporcional e majoritária, não há o que se debater uma nova formação. É um partido que corrobora com as pautas que defendemos”, pontuou.
Já a presidente do PCdoB, Gregória Benário, acredita que a sigla manterá alinhada com Azevêdo, mas impôs uma condição: de que o governador siga em oposição ao Governo Bolsonaro. Mesmo assim, há um encontro marcado entre o partido e o governador, onde também será discutida a aliança política.
“Temos que juntar forças que venham ser oposição ao governo Bolsonaro. Esse diálogo [reunião] com João é de extrema importância. Vamos ver como o governador vai se comportar no novo partido. Espera-se que ele vá fazer oposição a Bolsonaro. Então, a preço de hoje não há nenhuma alteração”, declarou.
