O policial militar que foi vítima de tiros disparados pelo próprio filho de 13 anos em Patos, na Paraíba, pediu a desinternação do garoto em depoimento durante uma audiência de instrução. Essa audiência ocorreu nesta sexta-feira (1º), conforme o advogado de defesa, Aylan da Costa Pereira. O homem de 57 anos saiu ferido e, além dele, foram alvejados a esposa e o filho caçula, que não resistiram aos ferimentos e morreram ainda no local.
No último dia 24 de março, direto do hospital, em recuperação, o pai chegou a mencionar que pediria para que o filho ficasse sob sua custódia. Tudo aconteceu no dia 19 de março, em um sábado, durante a tarde.
Este é o primeiro depoimento do pai, já que ele não foi ouvido pela Polícia Civil, que encerrou as investigações sobre o caso. Ele segue internado na enfermaria do hospital de emergência e trauma de Campina Grande, ainda sem movimentos nos membros inferiores. Há uma expectativa para que ele receba alta no próximo domingo (3). Por envolver um adolescente infrator, o caso segue em segredo de justiça.
O caso
A esposa e o filho de 7 anos de um sargento da Polícia Militar foram encontrados mortos dentro de casa, na tarde do último sábado (19), na cidade de Patos, Sertão da Paraíba. O policial, que foi atingido por tiros, foi socorrido para o hospital regional da cidade e posteriormente transferido para Campina Grande.
O filho mais velho do PM, um menino de 13 anos, confessou ao delegado ter sido o autor dos disparos de arma de fogo contra a própria família. Essa informação, segundo as fontes, teria sido dada também pelo próprio sargento, enquanto era socorrido.
O adolescente, após ser ouvido, foi encaminhado a uma Instituição da Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente (Fundac) na cidade de Sousa, também no Sertão do Estado.