Em Brasília nesta segunda, Lula tratará de PEC e de nomes de ministros

Presidente eleito se reunirá com partidos e bancadas para negociar a PEC de Transição, que visa garantir o Bolsa Família em R$ 600

presidente eleito Luiz Inácio Lula Silva (PT) estará em Brasília nesta segunda-feira (28). Lula era esperado na capital desde a semana passada para que trabalhasse nas discussões e articulações sobre a PEC da Transição, além do anúncio dos nomes de ministros que atuarão em seu governo. No entanto, a viagem teve que ser adiada porque ele passou por um procedimento cirúrgico e precisava se recuperar.

No último domingo (20), Lula fez uma laringoscopia no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O procedimento foi realizado para retirar uma leucoplasia de uma das pregas vocais do futuro presidente da República e examinar detalhadamente a garganta.

A lesão foi detectada antes da viagem de Lula ao Egito para a COP 27 e pode ser precursora de câncer – o que, no entanto, foi descartado pelos médicos.

Na última sexta-feira (25), a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, admitiu que a equipe de transição de governo não calculou bem a dificuldade para aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) a fim de garantir verbas dos programas sociais a partir de 2023.

Segundo Gleisi, a PEC da Transição está travada “por falta de articulação no Senado”, mas que “outras saídas” podem entrar no radar.

Essa articulação com o Congresso será um dos papéis de Lula. Em conversa com jornalistas, Gleisi Hoffmann, afirmou que Lula vai estar em Brasília a partir de segunda e fará várias reuniões com partidos e bancadas.

“Ele quer conversar novamente com o presidente da Câmara e o presidente do Senado. Ele deve passar em Brasília de segunda a sexta para fazer essas conversas, para a gente também encaminhar a PEC”, disse a presidente do PT.

O objetivo principal dessa PEC é garantir recursos para a manutenção do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família, no valor de R$ 600 para as famílias beneficiárias.

Pela proposta orçamentária enviada pelo governo Bolsonaro, o valor volta ao patamar dos R$ 400. Os parlamentares, mesmo os da oposição, têm consenso sobre a necessidade de se aprovar esse valor, mas a maioria do Congresso não quer dar espaço fiscal por quatro anos para o próximo governo gastar, como quer o PT.

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