PF faz operação contra suspeitos de organizar ou financiar atos golpistas

Suspeitos são investigados por associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais

A Polícia Federal deflagrou, nesta segunda-feira (16), uma operação em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, contra atos antidemocráticos após o segundo turno das eleições e naqueles que culminaram na invasão às sedes dos três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro.

Os suspeitos são investigados por associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais.

A operação, chamada de Ulysses, visa cumprir cinco mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária de pessoas suspeitas de liderarem bloqueios de rodovias que passam pela cidade.

Os investigadores trabalham também para apurar a organização das manifestações em frente aos quartéis do Exército em Campos dos Goytacazes, bem como a participação dos investigados na organização e financiamento dos atos terroristas que levaram à invasão das sedes dos três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro.

“DURANTE A INVESTIGAÇÃO, FOI POSSÍVEL COLHER ELEMENTOS DE PROVA CAPAZES DE VINCULAR OS INVESTIGADOS NA ORGANIZAÇÃO E LIDERANÇA DOS EVENTOS. ALÉM DISSO, COM O CUMPRIMENTO HOJE DOS MANDADOS JUDICIAIS, SERÁ POSSÍVEL IDENTIFICAR EVENTUAIS OUTROS PARTÍCIPES/COAUTORES NA EMPREITADA CRIMINOSA.”, DIZ COMUNICADO DA POLÍCIA FEDERAL.

Relembre os atos terroristas no DF

Bolsonaristas radicais, golpistas e criminosos invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto —sede da Presidência da República, em Brasília.

Foi um ataque terrorista sem precedentes à democracia brasileira. Os terroristas bolsonaristas invadiram e depredaram às sedes dos três Poderes. Quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas.

Ainda não é possível dizer qual foi o tamanho total do prejúizo ao patrimônio público. Mais de 1.500 pessoas foram presas, incluindo o ex-secretário de Segurança Pública e ex-ministro da Justiça Anderson Torres, indicado pelo ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

O ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Fábio Augusto, também foi preso.

As prisões de Torres e Augusto aconteceram após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O presidente Lula, que estava em SP no momento dos atentados, voltou a Brasília ainda na noite daquele domingo (8) e decretou intervenção federal para assumir a segurança pública do Distrito Federal.

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