O Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba foi interditado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), nessa sexta-feira (28). O ofício que informa ao presidente Ricardo Barros sobre a decisão foi assinado pela coordenadora do STJD, Adriana Solis.
De acordo com o comunicado, a intervenção foi decretada em sessão de julgamento, levando em consideração parecer do auditor Paulo César Salomão Filho. Para a função de interventor, foi nomeado Antônio Vanderler de Lima.
Ricardo Barros explicou que a intervenção atende a um pedido da própria presidência do Tribunal. Segundo ele, o TJD na Paraíba reclamou a inviabilidade do funcionamento devido à falta de recursos.
“Estávamos funcionando precariamente. Nosso único funcionário, que era um secretário, foi demitido e além disso estamos sem equipamentos. Todos os computadores foram levados para perícia na Operação Cartola [que investiga fraudes nos resultados do Campeonato Paraibano de Futebol] e ainda não foram devolvidos. É obrigação da Federação Paraibana de Futebol dar respaldo ao Tribunal, já que não temos receita, mas isso não está acontecendo. Não tem como continuar dessa forma, por isso eu preferi acionar o STJD e pedir essa intervenção”, disse o presidente.
Ricardo Barros alegou ainda que tentou cobrar recursos da Federação, mas não teve sucesso. Ele não soube apontar por quais razões a entidade se nega a suprir as necessidades do tribunal.
A redação tentou contato com a presidente da FPF, Michelle Ramalho, mas as ligações não foram atendidas. Portal Correio