A vereadora de João Pessoa, Eliza Virgínia (PP), se manifestou nesta quinta-feira (6) sobre a aceitação da denúncia contra ela com base na Lei do Racismo. Em entrevista ao programa 60 Minutos, do Sistema Arapuan de Comunicação, a parlamentar afirmou ter recebido a notícia com surpresa e alegou estar sofrendo misoginia e perseguição política devido à sua postura conservadora.
A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) e tem como base seis postagens feitas pela vereadora entre 2021 e 2023. Segundo o MPF, as declarações extrapolam a liberdade de expressão e configuram incitação ao ódio contra a comunidade LGBTQIA+. Caso seja condenada, as penas podem chegar a 30 anos de prisão.
Defesa e alegações da vereadora
Durante a entrevista, Eliza Virgínia afirmou que ainda não teve acesso ao processo, mas garantiu que irá apresentar sua defesa dentro do prazo legal. A parlamentar também citou que já foi alvo de outros processos no MPF, mencionando o procurador federal Eduardo Varandas e o ex-dirigente do PSOL, Tácio Teixeira, e questionou as motivações das ações contra ela.
A vereadora negou que suas declarações tenham sido transfóbicas, argumentando que suas manifestações foram feitas em defesa das mulheres. Segundo ela, há um contexto de misoginia na política e que suas opiniões têm sido usadas para atacá-la.
A denúncia seguirá para tramitação na Justiça, onde a vereadora terá a oportunidade de apresentar sua defesa e contestar as acusações.