O governador João Azevêdo (PSB) afirmou, na noite desta segunda-feira (13), que caberá ao Progressistas decidir qual nome representará o partido na composição da chapa majoritária para as eleições de 2026. A declaração foi dada durante entrevista ao programa Hora H, da TV Norte Paraíba, diante da disputa interna entre o vice-governador Lucas Ribeiro e o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena.
“Essa questão cabe ao Progressistas definir. Não é uma preferência nossa”, pontuou João. Segundo o governador, “se eu me afastar, será Lucas o governador”, mas reiterou que a definição do nome para compor a chapa caberá unicamente à legenda. “Fica estranho imaginar que será outro partido que vai interferir. É o Progressistas que vai decidir de que forma e com que nome irá participar da chapa”, reforçou.
Sem imposições e no tempo certo
Azevêdo também destacou que a formação da chapa governista será construída com diálogo, sem imposições e no tempo certo, criticando métodos antigos de condução política. “Essa talvez seja uma diferença muito grande na forma de fazer política. Alguns estão acostumados com o coronelismo, de decidir e pronto. Eu não faço política assim”, disse.
O governador ressaltou que cada partido da base aliada terá autonomia para definir seus nomes e reafirmou que a escolha do candidato ao governo será resultado de uma decisão coletiva. “Eu não fiz anúncio nenhum direto a quem quer que seja. Se eu sair em abril para ser candidato ao Senado, quem assumirá o governo será Lucas, mas tenho dito que o grupo escolherá o candidato”, afirmou.
Continuidade e cenário político
João Azevêdo condicionou sua eventual saída do governo a um projeto político que garanta a continuidade administrativa. Para ele, é fundamental preservar os avanços alcançados: “É um esforço grande para deixar o Estado como ele está, respeitado, com autoestima elevada, que saiu das páginas policiais e é reconhecido nacionalmente pelas políticas públicas de referência”.
Incentivo para disputar o Senado
O governador revelou que tem sido incentivado pelo presidente Lula e pela direção nacional do PSB a disputar o Senado. “Nas vezes que encontrei o presidente, ele reafirmou o interesse que eu coloque meu nome. O PSB, por meio do presidente Carlos Siqueira, também manifestou esse desejo. Isso tem um peso significativo e está sendo levado em consideração”, declarou.
Relação com Veneziano Vital
Sobre uma possível reaproximação com o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), João Azevêdo foi cético. Classificou como “muito difícil” um entendimento com o emedebista, devido às alianças políticas assumidas por ele na Paraíba. “Ele defende o governo Lula, mas em Campina Grande é aliado a grupos bolsonaristas. Foram escolhas. Nós somos frutos de nossas escolhas. O senador escolheu um caminho”, afirmou o governador.
“Na política não se diz impossível, mas acho muito difícil. Quem escolheu outro caminho não fui eu”, concluiu.