Fotos de eventos, bilhetes de viagem, momentos especiais dos filhos, endereço de casa estão entre as informações que os usuários expõem na Internet, mas não deviam. A exposição de dados como esses nas principais redes sociais, como o Facebook, Instagram e o Twitter podem causar perigos no mundo virtual e também no real. Isso porque pessoas mal intencionadas podem detalhes coletados em posts aparentemente inocentes para fraudar compras online ou cometer crimes mais graves como roubo e sequestro. Confira a seguir situações e imagens que nunca devem ser compartilhados na Internet se você quer se manter seguro.
1. Ingressos de eventos
Fotos de ingressos de eventos como shows, jogos, teatro, entre outros não devem ser publicadas em redes sociais. Esses tickets, em geral, contam com um código de barras que é lido na entrada do local e que pode ser replicado por terceiros através da imagem compartilhada. Além de ter o bilhete duplicado, a pessoa corre o risco de não conseguir entrar no evento caso o bilhete do impostor seja escaneado primeiro pelo sistema.
De acordo com a empresa de segurança Kaspersky, caso uma pessoa realmente queira compartilhar um ingresso no Facebook ou Instagram, por exemplo, deve borrar o código de barras, bem como os números que ficam abaixo dele usando um app de edição de imagens.
2. Fotos de cartões de crédito ou de débito
Parece óbvio, mas não custa reforçar: não se deve publicar na Internet imagens de cartões de crédito, débito ou qualquer outra informação bancária. Se a imagem for vista por uma pessoa mal-intencionada, os dados podem ser usados para realizar compras online, que não requerem o uso de senha. Portanto, antes de postar a foto do seu cartão ou uma imagem do seu saldo bancário, lembre-se dos riscos.
3. Cartões de embarque ou planos de viagem
Ao pesquisar pela hashtag #boadingpass no Instagram, imediatamente, aparecem mais de 107 mil publicações com fotos de cartões de embarque — que não deveriam estar sendo expostas nas redes sociais. Assim como os ingressos, esses bilhetes contam com códigos de barras. Mas não é só isso: o documento apresenta ainda informações que vão além dos dados de voo, que podem dar acesso à conta do usuário no site da companhia aérea.
“Com apenas o sobrenome e o número do localizador de registros, é possível obter informações como o número de telefone de alguém e os futuros voos que eles reservaram. Além disso, permite o acesso de alguém para entrar e alterar seus lugares, bem como cancelar qualquer voo futuro”, explica o site How to Geek.
Outra dica para quem tem uma conta pública nas redes é evitar divulgar os planos de viagem, com informações sobre quanto tempo ficará fora, quando irá viajar e coisas do gênero. Criminosos estão cada vez mais especializados em observar perfis e a informação de que uma casa está vazia durante uma longa temporada pode ser um prato cheio para os bandidos.
4. Foto da mesa de trabalho
A sua mesa de trabalho pode conter mais informações do que você imagina. Portanto, antes de compartilhar uma foto em que ela apareça, confira se não há documentos importantes aparentes, notas adesivas, login e senha expostos na tela do computador, faturas ou notas com dados confidenciais que podem expor você ou a empresa.
5. Endereço de casa e telefone
Este item também pode parecer óbvio, mas, sim, há quem compartilhe publicamente informações pessoais como endereço ou telefone. Por exemplo, se alguém cria um evento no Facebook que será sediado em sua própria casa e o mantém público, permite que qualquer pessoa tenha acesso ao seu local de moradia. Também é comum que pessoas, ansiosas em receber o contato de uma empresa ou celebridade, deixem seu número de celular nos comentários de um post no Facebook.
Além disso, postar uma foto da parte da frente de sua casa, na qual fica visível o número, pode ser uma forma de facilitar o acesso de criminosos ao local. Principalmente no caso de cidades menores, onde é mais fácil de reconhecer o lugar através de detalhes das redondezas. Por via das dúvidas, evite.
6. Sua localização atual
Diversas plataformas oferecem ferramentas de check-in, que permitem aos usuários marcarem a localização atual e exibirem a todos os seus contatos. Outra forma pela qual se pode fazer isso e que muitas pessoas não reparam é através da geotags nas fotos do Instagram. O recurso pode ser útil para mostrar como um evento está divertido e atrair mais amigos ou para relacionar suas publicações a um local, mas também pode ser perigoso.
Primeiramente porque criminosos que acompanham os posts têm a indicação de que aquele usuário não está em casa. Segundo que, pessoas com muitas posses são mais vigiadas por esses bandidos e a informação precisa de onde elas estão pode ser o que faltava para um roubo ou mesmo sequestro.
7. Foto de crianças com localização e uniforme da escola
Foto de criança é sempre uma fofura e, claro, os pais gostam de mostrar os momentos especiais para os amigos. No entanto, é importante tomar cuidado com o conteúdo, mesmo se o seu perfil em uma rede social for privado, e não público. O site Life Wire sugere que os responsáveis nunca postem fotos com geolocalização e evitem informar o nome dos filhos na Internet.
Além disso, é fundamental evitar fotos nas quais os filhos apareçam com uniforme escolar. Afinal, a camiseta indica onde eles estudam e facilita a ação de possíveis criminosos. TechTudo