O Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem votos suficientes para manter Wilson Witzel afastado do cargo de governador do Rio de Janeiro por seis meses. Foram 11 votos favoráveis e apenas um contrário até o momento, no fim da tarde desta quarta-feira (2).
O julgamento continua com o voto de mais 3 ministros.
O presidente do STF, Dias Toffoli, negou mais cedo um pedido da defesa de Witzel para adiar o julgamento no STJ. Depois, os advogados pediram que as discussões ocorressem sob sigilo, sem transmissão pela internet.
O relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, votou para que seja mantido o afastamento de Witzel. Foi ele quem determinou a medida na semana passada.
Witzel se pronunciou por meio das redes sociais, afirmando que respeita a decisão do STJ e compreende “a conduta dos magistrados diante da gravidade dos fatos apresentados. Mas, reafirmo que jamais cometi atos ilícitos”.
Confira os votos para manter o afastamento:
– Benedito Gonçalves (relator)
– Francisco Falcão
– Nancy Andrighi
– Laurita Vaz
– Maria Thereza de Assis Moura
– Og Fernandes
– Luis Felipe Salomão
– Mauro Campbell
– Raul Araújo
– Isabel Gallotti
– Antonio Carlos
– Marco Buzzi
As investigações contra o governador afastado vieram à tona durante a Operação Placebo que, em maio, fez buscas contra o governo fluminense. Ele também foi mencionado durante a Operação Favorito, da Lava Jato, que prendeu o empresário Mário Peixoto, acusado por chefiar um esquema que causou danos de R$ 100 milhões para a Saúde do Estado. Witzel também estava presente na delação feita pelo ex-secretário de Saúde, Edmar Santos.
A junção dessas três investigações geraram a Operação Trin in Idem que, na última sexta-feira (28), cumpriu 17 mandados de prisão, sendo seis preventivas e 11 temporárias. Além de Witzel, que foi afastado do cargo, foram presos o presidente do PSC, Pastor Everaldo, o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Lucas Tristão e o ex-prefeito de Volta Redonda, Gothardo Lopes Netto.