Mais de 265 mil pessoas não adotaram nenhuma medida de isolamento social na Paraíba em outubro; número representa crescimento de 167%

Os dado são referentes a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD COVID19) também aponta para redução na quantidade daqueles que adotaram isolamento rígido, em outubro.

Cerca de 265 mil pessoas não adotaram nenhuma medida de isolamento social, em outubro, na Paraíba, segundo a Pnad Covid19, divulgada nesta terça-feira (1º), pelo IBGE. Com isso, foi registrado crescimento de 167,6% frente ao resultado do mês de julho, quando a estatística experimental começou a coletar essa informação e aproximadamente 99 mil pessoas estavam nessa condição.

Apesar da expansão, esse grupo ainda representa uma parcela pequena no total da população paraibana (6,6%), embora o percentual esteja acima das médias nacional (4,6%) e regional (5%). Por outro lado, o contingente daqueles que ficaram rigorosamente isolados continuou em queda, passando de cerca de 1 milhão de pessoas, em julho, para 569 mil, em outubro. Com a redução de 45,9% no número, esse grupo, que antes incluía 26,2% da população, passou a contar com 14,1%.

Além disso, 44,9% das pessoas, percentual que representa 1,8 milhões, ficaram em casa e só saíram por necessidade básica, no mês pesquisado, enquanto 34%, 1,3 milhões, reduziram contato, mas continuaram saindo de casa ou recebendo visitas.

De acordo com a pesquisa, a não adoção de medidas de restrição foi mais comum entre homens (7,5%), do que entre mulheres (6,1%). Em relação ao nível de instrução, foi observado que esse comportamento ocorreu com mais frequência entre os que tinham o ensino superior completo ou pós-graduação (9%); seguidos pelos que tinham o médio completo ao superior incompleto e fundamental completo ao médio incompleto (7,7%); e por aqueles que não tinham instrução ou contavam apenas com o fundamental incompleto (5,3%).

Até o mês de outubro, 12,1% da população paraibana havia feito algum teste para saber se estava infectada pelo novo coronavírus, indicando alta diante do indicador que havia sido observado em setembro (10,3%). O levantamento aponta que a realização de teste, no estado, tem sido mais comum entre mulheres (13,5%), do que entre homens (10,5%), assim como entre pessoas brancas (12,8%), do que pretas e pardas (11,7%). Quanto aos grupos de idade, a maior frequência (16,8%) foi constatada no grupo de 30 a 59 anos.

Dos testes realizados, 94 mil foram do tipo SWAB, em que o material é coletado com cotonete na boca ou nariz; 257 mil ocorreram por meio do teste rápido, com coleta de sangue por um furo no dedo; e 180 mil por meio do exame com sangue retirado na veia do braço. Houve aumento em todos os tipos de testes, em comparação ao mês de agosto.

A Pnad Covid19 indica ainda que 188 mil pessoas apresentaram algum dos sintomas de síndromes gripais investigados, em outubro, que representa 4,7% da população do estado. São considerados: febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de cheiro ou de sabor, e dor muscular. Desse grupo, apenas 22,5% foram a estabelecimento de saúde para atendimento.

Número de pessoas afastadas do trabalho cai 34,7% frente a setembro

A quantidade de ocupados que estavam afastados do trabalho, devido ao distanciamento social, caiu 34,7%, de setembro para outubro, passando de 46 mil pessoas nessas condições para 30 mil. No entanto, em comparação ao registrado no início do levantamento, em maio, quando o número era de 329 mil, a queda foi maior ainda, de 90,8%.

Já o total daqueles que estavam em regime de trabalho remoto permaneceu estável, em 125 mil, assim como o contingente de pessoas que não estavam ocupadas e não procuraram trabalho por conta da pandemia ou por falta de oportunidade na localidade, mas gostariam de trabalhar, que foi de 437 mil.

Quanto ao recebimento de auxílio emergencial, a pesquisa aponta que houve queda na proporção de domicílios no estado em que alguém recebe benefício, que caiu de 56,7%, em setembro, para 54,4%, em outubro, que representa 572 mil lares. O levantamento considera auxílios como o emergencial, destinado a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados; e a complementação do Governo Federal pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

Atividades escolares

Dos estudantes paraibanos de 6 a 29 anos, 865 mil tiveram atividades disponibilizadas em outubro, o que representa um aumento em relação a setembro, quando esse número foi de 842 mil. Proporcionalmente, o número representa 91,9% do total, ao passo que outros 7,5%, cerca de 71 mil, não tiveram atividades e 0,6%, aproximadamente 5 mil, estavam de férias.

Majoritariamente (68%) as atividades – como aulas, exercícios e estudos dirigidos – foram disponibilizadas em cinco dias por semana, enquanto outros 11,8% tiveram em três dias por semana, 8,1% em quatro dias, 3,9% em dois dias, 2,9% em um dia e 3,6% em 0 dias.

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