A Polícia Civil da Paraíba, por meio da Delegacia de Crimes Cibernéticos (DECC), cumpriu um mandado de busca e apreensão nesta quinta-feira (21) em Campina Grande, na residência de um homem investigado por criar um perfil falso em uma plataforma online para divulgar imagens de jornalistas paraibanas em fóruns de conteúdo adulto. O suspeito confessou o crime em depoimento à polícia.
O caso e as vítimas
A investigação teve início após a jornalista Letícia Silva descobrir suas fotos publicadas em um fórum adulto enquanto pesquisava seu nome na internet. A descoberta levou outras profissionais da comunicação, como Linda Carvalho e Jaceline Marques, a também identificarem que eram alvos do crime. As imagens, muitas vezes retiradas de redes sociais, eram divulgadas pelo suspeito sem autorização, utilizando um perfil falso.
De acordo com o delegado responsável, o homem admitiu que selecionava imagens “mais sensuais” das jornalistas para compartilhar nas plataformas de conteúdo adulto. Ele utilizava o perfil falso para disseminar as fotos e atrair a atenção de outros usuários, intensificando o dano à privacidade e reputação das vítimas.
Ação da Polícia e apreensões
Durante a operação, a Polícia Civil apreendeu dispositivos eletrônicos na residência do suspeito. O material será periciado para determinar a extensão das atividades ilícitas, incluindo possíveis novas vítimas e se houve compartilhamento de vídeos ou outros conteúdos sensíveis. O delegado enfatizou que o caso é tratado com rigor, considerando a gravidade do crime e o impacto na vida das vítimas.
O impacto do crime
O uso de imagens de jornalistas para fins ilícitos reforça a urgência do debate sobre segurança digital e a vulnerabilidade de profissionais expostos nas redes sociais. Casos como esse evidenciam a necessidade de fortalecer a legislação contra crimes cibernéticos e implementar medidas preventivas, tanto para proteger os indivíduos quanto para responsabilizar os autores.
Para as vítimas, o crime transcende a esfera digital, representando uma violação direta à dignidade e integridade. “Esse tipo de exposição não é apenas uma invasão de privacidade, mas também um ataque à credibilidade e ao respeito das profissionais”, destacou um representante da Delegacia de Crimes Cibernéticos.
Próximos passos
A Polícia Civil continuará investigando o caso para identificar outros envolvidos ou possíveis cúmplices. O suspeito poderá responder por crimes de falsa identidade, difamação, e divulgação indevida de imagens. Dependendo da gravidade dos atos apurados, ele também pode ser indiciado por crimes contra a honra e violação de direitos de imagem, previstos no Código Penal e na legislação cibernética brasileira.
Casos como este reiteram a importância da conscientização sobre a exposição online e da rápida ação das autoridades para punir atos criminosos que afetam diretamente a integridade de cidadãos e profissionais.