Julian não crê em Aguinaldo na liderança, mas admite que PSL só tem 55 votos

O deputado federal Julian Lemos (PSL) admitiu hoje que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não tem votos suficientes para aprovar a Reforma da Previdência. Segundo ele, garantidos estariam apenas os 55 votos do partido do presidente: “As pessoas têm plano de poder e não de país. A base vai acontecer quando os parlamentares estiverem preocupados com o país”.

Ao mesmo tempo, ele comentou a queixa feita pelo deputado federal Alexandre Frota, que chegou a publicar nas redes sociais xingamentos ao governo federal e disse que, apesar de seu estilo, Frota seria fiel ao presidente: “Ele é independente, porém governista. Isso não o impede de falar, mas eu sei que ele é alinhado com o governo. Mas, ele chama a atenção quando fala e gera polêmica, mas no parlamento se fala muitos absurdos. Frota dá a opinião dele, mas ele é governista, sim.”

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Outro assunto comentado por Julian foi a crise entre ele e o deputado estadual Moacir Rodrigues, que tem criticado o dirigente e prometido lutar contra ele pela presidência da sigla na Paraíba: “Aqui na Paraíba está tudo tranquilo. Um grupo isolado que teve seus interesses contrariados e sem legitimidade alguma não serve como referência. Não há divisão. O diretório estadual está tranquilo, as instâncias municipais estão sendo renovadas. Eu não vou ficar fomentando coisas sem importância. As declarações de quem você está falando aí não têm importância alguma. Eu fiquei na minha porque estou correto. Como é que ele vai bater chapa? Eu queria que ele tivesse conteúdo para que a gente pudesse debater, mas ele não tem”, disse o federal.

A respeito da indicação do PP para que o deputado federal Aguinaldo Ribeiro seja o líder do governo na Câmara Federal, Julian afirmou que não acredita nessa possibilidade, apesar de ter ressalvas à permanência do Major Vitor Hugo. Segundo Julian, a tarefa de líder não é para iniciantes: “Ele é muito inteligente, tem seus méritos, mas no Congresso tem que ter uma habilidade de monstro. Tem que ter habilidade e força junto ao governo para poder tomar decisões e, infelizmente, hoje, ele [Major Vítor Hugo] não seria a pessoa mais adequada. Essa é minha opinião. Acho que poderia ser alguém com mais estomâgo, mas não acredito nessa outra opção [Aguinaldo Ribeiro] e maneira nenhuma. A indicação de um líder do governo é unicamente do presidente e deve ser alguém de sua mais inteira confiança. O líder do governo é alguém que fala pelo governo e é alguém de sua mais alta confiança, deve ter mais do que uma interação com o presidente, sendo alguém como um gerente do governo e não acredito de maneira alguma nessa possibilidade”.

A entrevista de Julian Lemos foi concedida ao Jornal da Manhã da Jovem Pan João Pessoa nesta segunda-feira, 22.

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