Sintur-JP diz que aumentos dos combustíveis torna inviável atual tarifa de ônibus

Dirigentes do sindicato enviaram um ofício à Semob-JP na última segunda-feira, no qual apresentaram uma pauta com demandas sobre o assunto

Com os constantes aumentos dos preços dos combustíveis, o atual modelo de composição da tarifa no transporte público tem se tornado inviável. O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de João Pessoa (Sintur-JP) realizou um levantamento para entender o impacto do aumento do diesel nos valores gastos para circulação dos ônibus na Capital.

De acordo com o levantamento, em 1 de junho, o litro do óleo diesel foi adquirido por R$ 6,0997. Na última segunda (20), saltou para R$ 6,7322. Como todo o sistema de transporte coletivo de passageiros consome, por mês, 895.000 litros de óleo diesel, considerando apenas esse último aumento no preço do litro, significou um custo a mais de R$ 566.982,50.

O diretor institucional do Sintur-JP, Isaac Junior Moreira ressaltou que as dificuldades vão além, já que o setor ainda não recuperou o número de passageiros transportados aos níveis anteriores ao período Covid-19 (5.581.836 passageiros/mês em 2019 x 3.929.370 passageiros média/mês em 2022).

Isaac destaca que a tarifa urbana em João Pessoa ficou congelada pelo período de 25 meses (janeiro/2020 a fevereiro/2022) e que a inflação oficial neste período foi de 16,82%, sendo que em 26 de fevereiro deste ano, o reajuste foi de apenas 6%.

Os dirigentes do Sintur-JP enviaram um ofício à Semob-JP na última segunda-feira, no qual apresentaram uma pauta com três itens seguindo modelo adotado em várias capitais pelo Brasil:

1) Isenção permanente e total do ISS sobre a tarifa paga pelos passageiros do Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros. Atualmente, o Município concedeu apenas uma redução temporária de 50%;

2) Indicação das fontes de custeio das atuais gratuidades vigentes. Atualmente, há doze tipos de benefícios com descontos e gratuidades, integralmente absorvidos pelos passageiros e apenas um deles, portadores de HIV, com definição da fonte de custeio regulamentada. Com a indicação das fontes de custeio, através de legislação própria, esses custos ensejariam redução da pressão dos custos para os passageiros pagantes;

3) Pagamento, pelo Município, de 25% do valor das integrações urbanas realizadas mensalmente. A exemplo do que já vem ocorrendo com as integrações da região metropolitana de João Pessoa, assumidas pelo Governo do Estado.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui