Número de médicos cresce na Paraíba, mas segue desigual no interior

Estudo do Conselho Federal mostra que mais de 60% dos profissionais estão em João Pessoa

Paraíba vivenciou um aumento expressivo no número de médicos em atividade nos últimos 13 anos, segundo dados da Demografia Médica 2024, elaborada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). O estudo revela que o Estado contava com 4.886 médicos em 2011, número que saltou para 12.357 em 2024, um crescimento de 152%.

Esse aumento se reflete na densidade médica, que passou de 1,30 para 3,08 médicos por mil habitantes no mesmo período. No entanto, a distribuição dos profissionais ainda é desigual, com 60,2% concentrados em João Pessoa, onde a densidade médica chega a 8,84 por mil habitantes. No interior do Estado, esse número cai para 1,51 por mil habitantes.

Apesar do crescimento significativo, o presidente do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB)Bruno Leandro de Souza, destaca que ainda há desafios para garantir o acesso à saúde em todo o estado.

“É PRECISO UMA POLÍTICA DE INTERIORIZAÇÃO E FIXAÇÃO DE MÉDICOS”, AFIRMA ELE, SALIENTANDO QUE A MAIORIA DOS PROFISSIONAIS SE CONCENTRA NAS CAPITAIS E GRANDES CENTROS URBANOS.

Perfil dos médicos

O estudo também traça o perfil dos médicos que atuam na Paraíba. A maioria é composta por mulheres, que representam 51,2% do total, com uma média de idade de 44,34 anos. A média de tempo de formado é de 17,46 anos.

Mais médicos do que nunca

A Demografia Médica 2024 também revela um cenário nacional positivo. O Brasil nunca teve tantos médicos como agora, com um total de 575.930 profissionais em atividade, o que resulta em uma proporção de 2,81 médicos por mil habitantes, a maior da história do país.

Crescimento exponencial

Desde o início da década de 1990, a quantidade de médicos mais que quadruplicou, impulsionada pela expansão do ensino médico e pela crescente demanda por serviços de saúde. Esse crescimento, de 339% em termos percentuais, representa um aumento absoluto de 444.652 médicos.

Desigualdade persiste

Apesar do aumento expressivo, a distribuição dos médicos ainda é desigual no Brasil. As regiões Sul e Sudeste concentram a maior parte dos profissionais, enquanto as regiões Norte e Nordeste ainda apresentam carência.

Desafios para o futuro

O estudo do CFM aponta para a necessidade de políticas públicas que promovam a interiorização dos médicos e a equidade no acesso à saúde em todo o país. A qualificação da atenção básica e a valorização profissional também são desafios a serem enfrentados.

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