Explosivo é encontrado na área onde foi localizado corpo de paraibana em São Paulo

Um artefato explosivo foi encontrado, nesta quinta-feira (12), na área onde foi localizado o corpo da paraibana Aline Silva Dantas, que desapareceu depois de sair para comprar fraldas para a filha, em Alumínio (SP).

O Grupo de Ações Táticas (Gate) da Polícia Militar foi acionado e entrou na mata para averiguar a denúncia. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil deram apoio à ação que começou às 20h.

O explosivo foi encontrado e detonado cerca de uma hora depois do início da ação. A equipe de investigação afirma que quando encontrou o corpo de Aline, peritos e policiais fizeram uma varredura em volta da área e que não encontraram o explosivo no local.

“Foi encontrado na mata, parte de um cartucho de emulsão, que é explosivo usado em pedreiras e mineradoras. A princípio havia uma camiseta preta, dois sacos de lixo pretos próximos, porém já estava solto [o explosivo], estava lá na mata, não estava envolto no saco plástico e nem na camiseta”, explica Luiz Carlos da Silva Bispo, sargento do Gate.

Os sacos pretos e a camiseta que envolviam o artefato foram levados para a delegacia e vão passar por perícia.

Aline Dantas foi vista pela última vez quando saiu a pé de casa para ir até a farmácia comprar fraldas para a filha, de um ano e nove meses, na tarde de domingo. Câmeras de segurança de casas e comércios registraram Aline entrando no comércio e caminhando pelas ruas da cidade, sempre sozinha. 

O corpo da jovem foi encontrado pela polícia com ajuda de cães farejadores na tarde desta quarta-feira, coberto por pedaços de madeira e parcialmente carbonizado.

A Polícia Civil usou cães farejadores para periciar a roupa de duas pessoas como parte da investigação do assassinato. Uma das pessoas que teve a roupa periciada foi o marido de Aline, João Vitor de Almeida – a outra não teve a identidade divulgada. O exame descartou a presença das duas pessoas no local do crime.

Folhas com manchas vermelhas, possivelmente de sangue, que foram apreendidas durante as buscas, e um pedaço de tecido encontrado com o corpo também serão analisadas. Nenhum suspeito foi identificado.

Buscas

Equipes de buscas se mobilizaram para encontrar a jovem. A polícia teve o apoio de cães farejadores da Guarda Municipal de Itupeva.

Segundo a polícia, a identificação foi feita com base nos traços da vítima e de pedaços do vestido que ela usava no dia do desaparecimento.

Em entrevista à TV TEM, a delegada Luciane Bachir, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Sorocaba (SP), disse que Aline tentou se defender das agressões. Segundo a Polícia Civil, o corpo da vítima apresentava marcas. Nenhum suspeito foi identificado.

"Não se sabe como, mas ela tem lesão de defesa. Ela tem mancha no pescoço, mas não se sabe do que, se é uma esganadura, por exemplo. Também tem lesão na mão, a princípio sem perfurações. São lesões características de defesa", explica Bachir.

O velório da jovem foi realizado na manhã desta quinta e logo depois ela foi enterrada no cemitério municipal.

Em uma postagem compartilhada nas redes sociais, amigos e moradores pediram doações de fraldas e leite para a filha de Aline. Segundo um parente, a filha da jovem, de um ano e nove meses, pergunta pela mãe o tempo todo. A bebê está sob os cuidados da avó paterna, com quem mora.

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