Suspeito de fraudes de R$ 2 mi é preso na PB em operação que investiga advogados, empresários e servidores

Segundo a polícia, grupo é suspeito de crimes de estelionato e lavagem de dinheiro

Um homem suspeito de participação em fraude processual no estado do Piauí foi preso nesta quarta-feira (26), no Bairro dos Estados, em João Pessoa (PB). Ele foi preso por meio da operação denominada “Inventário”, desencadeada pela Polícia Civil do Estado do Piauí com o objetivo de cumprir 11 mandados de prisão, oito mandados de busca e apreensão e bloqueio judicial de bens obtidos como proveito do crime.

Segundo informações da polícia paiauiense, são alvos desta fase da operação advogados, empresários e servidores públicos que concorreram para a prática crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.

Usando documentos falsos e narrando fatos inexistentes, advogados ingressaram com ação de inventário fraudulenta para alcançar o patrimônio de um cidadão falecido no estado do Paraná.

Após o início da investigação a Polícia Civil do Piauí identificou que o mesmo grupo estava envolvido em tentativas de fraude de execuções fiscais, homologação de acordos trabalhistas e outras ações judiciais, em outras comarcas, tudo com objetivo de violar o patrimônio de pessoas falecidas, levando o Poder Judiciário a erro.

Estima-se que as fraudes até então identificadas tenham rendido aproximadamente R$ 2 milhões à organização criminosa. Novos inquéritos serão instaurados para investigar possíveis novas fraudes praticadas com a mesma forma de operação.

“As investigações mostraram que um dos envolvidos nas fraudes processuais ocorridas no Estado do Piauí teria migrado para a Paraíba e nós conseguimos localizá-lo em João Pessoa, dando o suporte operacional à Polícia Civil do Piauí”, informou o delegado adjunto da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), Vitor Melo.

A investigação foi iniciada no ano de 2020 quando a Polícia Civil do Piauí foi notificada de uma possível fraude em um processo de inventário protocolado na comarca de Demerval Lobão. O caso foi investigado pelos delegados Matheus Zanatta, Anchieta Nery e Yan Brayner, naquele estado.

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