Paraíba registra aumento de 67% nos casos prováveis de dengue, segundo boletim

Dezoito municípios da Paraíba apresentaram índices que demonstram situação de risco para ocorrência de surto da dengue, segundo o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti, o LIRAa, divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado nesta terça-feira (5). Conforme o boletim epidemiológico de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, denominadas arboviroses, foram notificados 17.149 casos prováveis de dengue, representando um aumento de 67%, comparado ao mesmo período de 2018.

Ainda de acordo com a SES, para chikungunya, foram registrados 1.243 casos prováveis, o que corresponde a um aumento de 38%. Quanto à zika, o aumento foi de 18,65%, com 388 casos notificados. O boletim, que foi realizado de de 1º de janeiro a 31 de outubro, alerta para situação de risco de surto de dengue em 18 municípios paraibanos.

O alerta aponta que a predominância das notificações se concentra na 1ª, 3ª, 5ª e 11ª Regiões de Saúde. Nessas regiões, estão os municípios: Lucena, João Pessoa e Caaporã (1ª Região), Princesa Isabel, São José de Princesa e Juru (11ª Região), Areia, Esperança e Alagoa Nova (3ª Região) e São Sebastião do Umbuzeiro, Camalaú e Prata (5ª Região) com maiores incidências da doença por 100 mil habitantes.

 

Mortes confirmadas

 

De acordo com o boletim, foram registrados 54 óbitos suspeitos de arboviroses, sendo 10 confirmados para a dengue (um em Bayeux, Santa Rita, Solânea, Araruna, Cachoeira dos Índios, Soledade e Conde e três em João Pessoa), três para zika (dois em João Pessoa e um em Junco do Seridó) e um confirmado para chikungunya (Fagundes). Foram descartados 32 casos e 08 óbitos ainda seguem em investigação.

 

Como combater

 

A gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares, afirma que é importante a organização e mobilização de gestores e população para combater o mosquito. “Por isso, há a necessidade de fortalecer as ações agora para minimizarmos os problemas em 2020”, afirma.

Talita Tavares alerta que os focos do mosquito, em sua maioria, são encontrados nas residências. “Os focos do mosquito, na grande maioria, são encontrados dentro de casa, quintais e jardins”, pontua. Ela reforça que, pelo menos uma vez por semana, deve ser feita uma faxina para eliminar copos descartáveis, tampas de refrigerantes ou outras garrafas, e, em especial, lavar bem a caixa d'água e depois vedar.

Não deixar água acumulada em pneus, calhas e vasos; adicionar cloro à água da piscina; deixar garrafas cobertas ou de cabeça para baixo são algumas medidas que podem fazer toda a diferença para impedir a proliferação do mosquito Aedes aegypti e, consequentemente, o registro de mais casos da doença, além de receber em domicílio o técnico de saúde devidamente credenciado, para que as visitas de rotina sirvam como vigilância.

A gerente ressalta ainda a necessidade de intensificar as ações nos municípios conforme programadas no Plano de Contingência 2019 e recomenda a construção do plano para 2020. “O plano de contingência é vivo, flexível. A gente pede que cada município olhe sua realidade e só depois trabalhe com os níveis de execução do plano. Enquanto estado, nós estamos disponíveis para orientar, nortear o plano para os 223 municípios”, afirma.

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